Haemig PD  (2012 Ecologia da Jaguatirica e do Gato-Maracajá.  ECOLOGIA.INFO 9

Ecologia da Jaguatirica e do Gato-Maracajá

Nota. Esse artigo online é continuamente atualizado e revisado logo que resultados de novas pesquisas científicas tornam-se disponíveis. Portanto, apresenta as últimas informações sobre os tópicos abordados.

A jaguatirica (Leopardus pardalis) e o gato-maracajá (Leopardus wiedi) são dois felinos pintados pequenos que vivem em florestas neotropicais. Eles estão mais proximamente relacionados a outros felinos e são descendentes de um ancestral recente em comum (Slattery et al., 1994; Masuda et al., 1996; Eizirik et al., 1998). Nesse artigo, comparamos a ecologia desses dois felinos, indicando suas semelhanças e diferenças.

Embora tenham uma aparência semelhante, a jaguatirica e o gato-maracajá podem ser distinguidos por várias características (Emmons, 1990). Por exemplo, a cauda do gato-maracajá é mais longa do que seus membros posteriores, enquanto a cauda da jaguatirica é mais curta (Emmons, 1990). Além disso, a jaguatirica é maior e mais robusta do que o gato-maracajá (pesando cerca de 3 vezes mais) e caça alimentos principalmente no solo (Goldman, 1920; Emmons, 1988).

Em contrapartida, o gato-maracajá procura alimento principalmente em árvores (Guggisberg, 1975; Konecny, 1989) e apresenta muitas adaptações para a vida arbórea. Por exemplo, o menor tamanho do gato-maracajá permite que caminhe mais para a ponta dos galhos do que a jaguatirica, e sua cauda mais longa permite que mantenha o equilíbrio mais facilmente. Ele também possui uma impressionante capacidade para saltar (Petersen, 1977) e suas garras são proporcionalmente mais longas do que as da jaguatirica (Leyhausen, 1963; Konecny, 1989). Além disso, o gato-maracajá é o único felino do Novo Mundo cujas articulações giram o suficiente para ficar de cabeça para baixo em árvores com as patas voltadas para o tronco, como um esquilo (Leyhausen, 1963; Emmons, 1990).

Distribuição e Habitat

O gato-maracajá está presente desde o estado mexicano de Sonora e o Baixo Vale do Rio Grande, no Texas, até o Uruguai e a Argentina (Gallo-Reynoso e Navarro-Serment 2002).  Há conhecimento de apenas um espécime do período histórico do Texas, um macho adulto capturado em Eagle Pass e incluído na coleção do U.S. National Museum em 1852 (Hollister, 1914).

Considerando-se que o gato-maracajá é geralmente menos abundante do que a jaguatirica em toda a sua extensão (Goldman, 1920; Leopold, 1959), e possui hábitos reservados, não se sabe se os gatos-maracajá ainda percorrem o sul do Texas. O extensivo desflorestamento e desmatamento que ocorreu naquela área, particularmente a destruição da alta mata ciliar de sabinos (Taxodium mucronatum) e palmeiras (Sabal texana) ao longo do Baixo Rio Grande, não inspiram muita esperança.

O espécime de Eagle Pass difere dos gatos-maracajá por apresentar um pêlo mais longo com pintas dorsais negras totalmente ou quase totalmente de uma cor só, em vez de áreas mais claras (Goldman, 1943). Por esse motivo, o espécime de gato-maracajá de Eagle Pass foi classificado como uma subespécie única, cujo nome científico é Leopardus wiedii cooperi (Goldman, 1943).

Apesar de muitos considerarem que o gato-maracajá é encontrado apenas em florestas tropicais de planície, Nelson e Goldman (1931) capturaram um espécime macho adulto desse felino a uma altitude superior a 3.000 metros próximo ao pico de Cerro San Felipe, Oaxaca, México em 1894. Embora seja possível que esse e o espécime do Eagle Pass fossem apenas felinos isolados que vagueavam fora da área habitual, ambos demonstraram que ainda temos muito a aprender sobre o gato-maracajá.

A esse respeito, existem registros pré-históricos especialmente interessantes porque sugerem uma penetração ainda maior dessas espécies na área agora denominada Estados Unidos. Por exemplo, um espécime subfóssil de gato-maracajá datado de 2.400 a.C. foi coletado de um monte de conchas num mangue próximo ao rio Sabine, no condado de Orange, Texas (Eddleman e Akersten, 1966). Este local fica a uma curta distância a oeste da fronteira entre o Texas e Louisiana.

A jaguatirica atualmente encontra-se desde o sul do Texas e Sonora até o norte da Argentina e Uruguai. Entretanto, sua distribuição em épocas históricas era consideravelmente maior. Em 1800, as jaguatiricas ocorriam em todo o estado do Texas e em partes dos estados de Arkansas, Luisiana e Arizona (Hall, 1981). O desaparecimento da jaguatirica da maior parte das áreas onde habitava nos Estados Unidos é uma perda ainda maior porque, conforme notou Audubon, ele é o felino mais bonito da América do Norte (Audubon & Bachman 1846).

Estudos sobre as jaguatiricas remanescentes nos Estados Unidos (i.e., no sul do Texas) foram restringidos a habitats de floresta e arbustos espinhosos densos com mais de 75% de cobertura de dossel (Shindle, 1996; Shindle & Tewes, 1998; Harveson et al., 2004; Horne et al. 2009). Infelizmente, devido aos extensivos desmatamentos e desflorestamentos pelos humanos, menos de 1% do sul do Texas suporta esses tipos de habitats (Tewes & Everett, 1986). Como resultado, as últimas jaguatiricas sobreviventes nos Estados Unidos (cerca de 100 indivíduos) estão ameaçados de extinção porque seus habitats de florestas e matas estão quase extintos (Mora, 2000; Haines et al, 2005; Janecka et al. 2007, 2008).

Estudos realizados em outras partes da área onde as jaguatiricas se encontram confirmam que esse felino prefere habitats com coberturas densas de florestas e arbustos espinhosos (Ludlow & Sunquist, 1987; Emmons, 1988). Nos Llanos da Venezuela, por exemplo, as jaguatiricas rastreados por rádio passaram a maior parte do tempo (81%) em florestas (Sunquist et al., 1989), evitando os habitats de savanas mais abertas de palmeiras e morros arenosos, exceto à noite, quando ocasionalmente visitaram esses habitats (Sunquist et al., 1989). Ludlow & Sunquist (1987) sugeriram que as jaguatiricas preferem coberturas densas porque suas presas são mais abundantes nesses locais do que em habitats mais abertos. Entretanto, também é possível que as jaguatiricas evitem áreas abertas para se esquivarem de inimigos (veja abaixo). Konecny (1989) rastreou por rádio a jaguatirica e o gato-maracajá em Belize, e constatou que ambas as espécies preferiam a floresta.

Hábitos Alimentares

Konecny (1989) estudou e comparou os hábitos alimentares da jaguatirica e do gato-maracajá simpátricos na floresta tropical de Belize. Ele constatou que ambos os felinos alimentavam-se principalmente de pequenos mamíferos, mas se concentravam em diferentes tipos. Os gatos-maracajá se alimentavam mais de presas arbóreas do que as jaguatiricas, que se concentravam mais em roedores arbóreos como os ratos-do-monte (Ototylomys phyllotis) e os esquilos Deppe (Sciurus deppei). Além disso, os gatos-maracajá comiam mais pássaros pequenos, frutas e artrópodes do que as jaguatiricas.

As jaguatiricas comiam mais presas terrestres do que os gatos-maracajá, uma menor quantidade de pássaros pequenos e incluíam animais maiores em sua dieta. As presas mais freqüentes das jaguatiricas foram mucuras (i.e. o mucura Didelphis marsupialis, o mucura-de-quatro-olhos Philander opossum e gambasinhas Marmosa spp.) e o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus). As jaguatiricas também se alimentaram de pacas (Agouti paca), ratos-domésticos (Rattus rattus), veados-pardos ou veados-mateiros (Mazama americana) e mambiras (Tamandua mexicana).

Outros estudos confirmam que as presas da jaguatirica são principalmente mamíferos terrestres de tamanho pequeno a médio. Nos Llanos da Venezuela, Sundquist et al. (1989) constataram que a jaguatirica se alimentava principalmente do rato-da-cana (Zygodontomys brevicauda), rato-de-bolsa (Heteromys anomalus), rato-do-junco (Holochilus brasiliensis) e gambasinhas (Marmosa robinsoni). Entretanto, lagartos, especialmente do gênero Iguana, freqüentemente serviam de alimento. Numa floresta tropical decídua no estado mexicano de Jalisco, a iguana-negra (Ctenosaura pectinata) foi a presa mais importante das jaguatiricas, seguida do rato-de-bolsa (Liomys pictus) (Meza et al. 2002). Numa floresta tropical da Costa Rica, Chinchilla (1997) contatou que a jaguatirica se alimentava principalmente de roedores terrestres de tamanho pequeno a médio. As presas mais freqüentes foram o sauiá (Proechimys semispinosus) e o rato-de-bolsa (Heteromys desmarestianus). Uma espécie de pássaro, o jacu (Penelope purpurascens) também servia de alimento.

No Peru amazônico, Emmons (1987, 1988) encontrou resultados semelhantes. Na floresta tropical virgem, as jaguatiricas se alimentavam principalmente de pequenos roedores terrestres. Os animais que serviam de alimento com mais freqüência foram várias espécies de sauiás (Proechimys spp.), seguidos dos ratos-do-arroz (Orysomys spp.). Uma série de pássaros, cobras e lagartos também foram utilizados, porém as espécies não foram identificadas. Os sauiás eram os mamíferos pequenos terrestres mais abundantes da área, ficando os ratos-do-arroz em segundo lugar. Portanto, Emmons concluiu que a jaguatirica, como outros felinos de florestas tropicais, é um caçador oportunista, que se alimenta de qualquer animal encontrado que puder dominar.

Nos Llanos da Venezuela, Ludlow e Sunquist (1987) também reportaram a alimentação oportunista das jaguatiricas. Durante a estação úmida, quando havia abundância de caranguejos uçá, eles eram a principal presa das jaguatiricas. Entretanto, durante a estação seca, quando os uçás eram vistos raramente, os roedores e iguanas eram a principal presa. Esses pesquisadores concluíram que, durante a estação úmida, os caranguejos eram uma fonte de alimento abundante e de fácil captura para as jaguatiricas, que substituíam parcialmente a presa habitual de sua dieta.

No estado do Paraná, no sul do Brasil, observou-se que a jaguatirica também tem comportamento oportunista, consumindo a maioria de suas presas “de acordo com sua abundância no habitat” (Silva-Pereira et al. 2011).

Alguns estudos observaram jaguatiricas alimentando-se de presas arbóreas e/ou presas maiores como primatas (Moreno et al. 2006; Abreu et al. 2007; Bianchi & Mendes 2007). Uma possível explicação para um comportamento alimentar tão atípico é a redução de competidores. Por exemplo, em áreas no Panamá onde as jaguatiricas caçam mamíferos de porte médio com mais frequência, as onças-pintadas são raras ou ausentes, sugerindo que as jaguatiricas se alimentavam de presas que normalmente seriam comidas por onças-pintadas (Moreno et al. 2006).

A predação do gato-maracajá sobre as quatro espécies de animais a seguir foi registrada na Guiana Inglesa por Beebe (1925): macaco-prego (Cebus apella), preguiça-de-bentinho (Bradypus tridactylus), ouriço ou porco-espinho (Coendou prehensilis) e udu-coroado (Momotus momota).

Durante a estação seca no estado de São Paulo, na região sudoeste do Brasil, Wang (2002) constatou que os simpátricos jaguatirica, gato-maracajá e gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) alimentavam-se principalmente de pequenos mamíferos terrestres (<1 Kg). A jaguatirica diferiu do gato-maracajá e do gato-do-mato-pequeno por também se alimentar de animais maiores (>3 Kg, i.e. preguiça-de-bentinho e tatu-galinha Dasypus novemcinctus) além de cobras, enquanto o gato-do-mato-pequeno alimentou-se mais de pássaros. O gato-maracajá foi generalista e não se concentrou em nenhuma espécie em particular.

Investida de Inimigos

Como muitos predadores, a jaguatirica e o gato-maracajá às vezes são perseguidos pelos animais dos quais eles desejam se alimentar. Na Amazônia peruana, Emmons (1988) observou um grupo de jacuaçus (Penelope jacquacu) perseguindo uma jaguatirica. Em quatro outras ocasiões, ela também observou várias espécies de macacos (guaribas Alouatta seniculus, coatás Ateles paniscus e macacos-prego Cebus apella) dando alarmes em altos brados das árvores acima das jaguatiricas que caminhavam pelo chão. Os macacos perseguiram as jaguatiricas durante sua caminhada pela floresta. Na Amazônia colombiana, Izawa (1978) observou sauins (Saguinus nigricollis) perseguindo uma jaguatirica.

Passamani (1995) observou a perseguição de um gato-maracajá por um grupo de 5 sauins (Callithrix jacchus geoffroyi) e um sauí-guaçu (Callicebus personatus) na Mata Atlântica no sudeste do Brasil. Nos primeiros 5 minutos de perseguição, que durou 22 minutos, o gato-maracajá estava escondido (da observação por terra) numa grande bromélia situada numa árvore 6 metros acima do solo. A perseguição aconteceu numa rota de árvores utilizada regularmente pelos sagüis para visitar uma importante fonte de borracha.

Como muitos outros pequenos mamíferos carnívoros, as jaguatiricas e os gatos-maracajá às vezes servem de presa para carnívoros maiores (Palomares & Caro, 1999). Na Venezuela, por exemplo, L. Pantin (veja Mondolfi & Hoogesteijn, 1986) observou uma onça-pintada (Panthera onca) cruzando uma clareira na savana, carregando uma grande jaguatirica macho que ela havia acabado de matar. Quando percebeu que estava sendo observada por uma pessoa, a amedrontada onça-pintada largou a jaguatirica e fugiu. A testemunha recolheu a jaguatirica e guardou sua pele para identificação positiva. Na Costa Rica, Chinchilla (1997) descobriu restos de uma jaguatirica nos excrementos de uma onça-pintada, provando que esse felino maior às vezes se alimenta da jaguatirica.

Padrões de Atividade

Como a maioria dos mamíferos, a jaguatirica e o gato-maracajá são principalmente noturnos (Ludlow & Sunquist, 1987; Emmons, 1988; Konecny, 1989; Crawshaw & Quigley 1989). Ludlow & Sunquist (1987) sugeriram que a jaguatirica é principalmente ativo à noite porque a maioria de suas presas também é ativa nesse período. Esses pesquisadores também notaram que, quando a jaguatirica caça presas diurnas (i.e., presas ativas durante o dia), como pássaros, a jaguatirica também torna-se ativo durante o dia.

Na Mata Atlântica do nordeste da Argentina, a jaguatirica era ativa dia e noite, mas principalmente no período noturno (Di Bitetti et al. 2010). O gato-maracajá, em contrapartida, tinha hábitos totalmente noturnos.

Anteriormente, discutimos a preferência da jaguatirica pela vegetação densa e por evitar habitats mais abertos durante o dia. Apesar de geralmente verdadeiro, é importante notar que a jaguatirica às vezes visita habitats mais abertos à noite, se a escuridão for suficiente para esconder seus movimentos.

Por exemplo, na Amazônia peruana, constatou-se que as jaguatiricas eram igualmente ativos em noites claras e escuras (Emmons et al., 1989). Eles também visitavam áreas abertas nas noites sem lua. Entretanto, à medida que a lua ficava cheia e a luminosidade aumentava nas clareiras da floresta, a jaguatirica restringia sua forragem à vegetação mais densa (onde estava mais escuro). Resultados semelhantes foram encontrados em jaguatiricas na Mata Atlântica Argentina (Di Bitetti et al. 2006).

Emmons et al. (1989) acreditam que a caça da jaguatirica é impedida pela luminosidade, que prejudica a capacidade de esse felino aproximar-se da presa sem ser visto. Por esse motivo, eles argumentam que a jaguatirica evita áreas abertas iluminadas pela lua e pela luz do sol. Entretanto, esses pesquisadores também reconheceram que a jaguatirica pode evitar espaços abertos iluminados para escapar de felinos maiores como a onça-pintada (Panthera onca) e o puma (Puma concolor). Ludlow & Sunquist (1987) também sugeriram que as jaguatiricas evitam habitats abertos durante o dia porque essas áreas possuem apenas alguns locais para descanso adequados durante o dia.

Referências

Abreu KC, Moro-Rios RF, Silva-Pereira JE, Miranda JMD, Jablonski EF, Passos FC  (2008)  Feeding habits of the Ocelot (Leopardus pardalis) in Southern Brazil. Mammalian Biology 73: 407-411.

Audubon JJ, Bachman J  (1846)  The Viviparous Quadrupeds of North America.  Volume 2.  John J. Audubon, New York.

Beebe W  (1925) Studies of a Tropical Jungle, one quarter of a square mile of jungle at Kartabo, British Guiana.  Zoologica 6: 1-193

Bianchi RC, Mendes SL  (2007)  Ocelot (Leopardus pardalis) predation on primates in Caratinga Biological Station, Southeast Brazil.  American Journal of Primatology 69: 1173-1178

Bianchi RC, Rosa AF, Gatti A, Mendes SL  (2011)  Diet of margay, Leopardus wiedii, and jaguarundi, Puma yagouaroundi, (Carnivora: Felidae) in Atlantic Rainforest, Brazil. Zoologia 28: 127-132

Carrillo E, Morera R, Wong G (1994) Depredacion de tortuga lora (Lepidochelys olivacea) y de tortuga verde (Chelonia mydas) por el jaguar (Panthera onca). Vida Silvestre Neotrop. 3: 48-49

Chinchilla FA (1997) La dieta del jaguar (Panthera onca), el puma (Felis concolor) y el manigordo (Felis pardalis) en el Parque Nacional Corcovado, Costa Rica. Revista de Biologia Tropical 45: 1223-1229

Crawshaw PG, Quigley HB  (1989)  Notes on ocelot movement and activity in the Pantanal region, Brazil.  Biotropica 21: 377-379

DeAzevedo FCC (1996) Notes on the behavior of the margay Felis wiedii (Schinz, 1821), Carnivora, Felidae) in the Brazilian Atlantic Forest. Mammalia 60: 325-328

Di Bitetti MS, Paviolo A, De Angelo C  (2006) Density, habitat use and activity patterns of ocelots (Leopardus pardalis) in the Atlantic Forest of Misiones, Argentina.  Journal of Zoology 270: 153-163

Di Bitetti MS, De Angelo CD, Di Blanco YE, Paviolo A  (2010)  Niche partitioning and species coexistence in a Neotropical felid assemblage. Acta Oecologica 36: 403-412

Eddleman DC, Akersten WA  (1966)  Margay from the post-Wisconsin of southeastern Texas.  Texas Journal of Science 18: 378-385

Eizirik E, Bonatto SL, Johnson WE, Crawshaw PG, Vie JC, Brousset DM, O'Brien SJ, Salzano FM  (1998)  Phylogeographic patterns and evolution of the mitochondrial DNA control region in two neotropical cats (Mammalia, Felidae).  Journal of Molecular Evolution 47: 613-624

Emmons LH (1987) Comparative feeding ecology of felids in a neotropical rainforest. Behavioral Ecology and Sociobiology 20: 271-283

Emmons LH (1988) A field study of Ocelots (Felis pardalis) in Peru. Revue d’Ecologie (Terre Vie) 43: 133-157

Emmons LH, Sherman P, Bolster D, Goldizen A, Terborgh J (1989) Ocelot behavior in moonlight. In: Redford KH, Eisenberg JF (eds) Advances in Neotropical Mammalogy. Brill, Leiden, pp 233-242

Emmons LH (1989) Jaguar predation on Chelonians. Journal of Herpetology 23: 311-314.

Emmons LH (1980) Neotropical Rainforest Mammals: a field guide. University of Chicago Press, Illinois

Gallo-Reynoso JP, Navarro-Serment C  (2002)  Range extension of Margay in northwestern Mexico.  Southwestern Naturalist 47: 635-636

Goldman EA  (1920)  Mammals of Panama.  Smithsonian Miscellaneous Collections 69(5): 1-309

Goldman EA  (1943)  The races of the Ocelot and Margay in Middle America.  Journal of Mammology 24: 372-385.

Goulart FVB, Cáceres NC, Graipel ME, Tortato MA, Ghizoni IR, Oliveira-Santos LGR  (2009)  Habitat selection by large mammals in a southern Brazilian Atlantic Forest. Mammalian Biology 74: 182-190.

Guggisberg CAW (1975) Wild Cats of the World. David & Charles, London

Haines AM, Tewes ME, Laack LL, Grant WE, Young J  (2005)  Evaluating recovery strategies for an ocelot (Leopardus pardalis) population in the United States.  Biological Conservation 126: 512-522

Hall RE  (1981)  The Mammals of North America.  Two volumes.  Wiley, Chichester, New York

Harveson PM, Tewes ME, Anderson GL  (2004)  Habitat use by ocelots in south Texas.  Wildlife Society Bulletin 32: 948-954

Hollister N (1914) The spotted tiger-cat in Texas. Proceedings of the Biological Society of Washington 27:219

Horne JS, Haines AM, Tewes ME, Laack LL  (2009)  Habitat partitioning by sympatric ocelots and bobcats: Implications for recovery of ocelots in southern Texas.  Southwestern Naturalist 54: 119-126

Izawa K (1978) A field study of the ecology and behavior of the black-mantle tamarin (Saguinus nigricollis). Primates 19: 241-74

Janecka JE, Walker CW, Tewes ME, Caso A, Laack LL, Honeycutt RL  (2007)  Phylogenetic relationships of ocelot (Leopardalis pardalis albescens) populations from the Tamaulipan biotic province and implications for recovery.  Southwestern Naturalist 52: 89-96

Janecka JE, Tewes ME, Laack LL, Grassman LI, Haines AM, Honeycutt RL  (2008)  Small effective population sizes of two remnant ocelot populations (Leopardus pardalis albescens) in the United States.  Conservation Genetics 9: 869-878

Konecny MJ  (1989)  Movement Patterns and food habits of four sympatric carnivore species in Belize, Central America.  Advances in Neotropical Mammology.  Brill, Leiden, pp 243-264

Leopold AS  (1959)  Wildlife of Mexico.  University of California Press, Berkeley.

Leyhausen P (1963) Uber sudamerikanische Pardelkatzen. Z. Tierpsychol 20: 627-40

López González CA, Brown DE, Gallo-Reynoso JP  (2003)  The Ocelot Leopardus pardalis in north-western Mexico: Ecology, distribution and conservation status.  Oryx 37: 358-364

Ludlow ME, Sunquist ME  (1987)  Ecology and behavior of Ocelots in Venezuela.  National Geographic Research 3: 447-461

Masuda R, Lopez JV, Slattery JP, Yuhki N, O'Brien SJ  (1996)  Molecular phylogeny of mitochondrial cytochrome b and 125 rRNA sequences in the Felidae: Ocelot and domestic cat lineages.  Molecular Phylogenetics and Evolution 6: 351-365

Meza AD, Meyer EM. Gonzalez CAL  (2002)  Ocelot (Leopardus pardalis) food habits in a tropical deciduous forest of Jalisco, Mexico.  American Midland Naturalist 148: 146-154

Mondolfi E, Hoogesteijn R (1986) Notes on the biology and status of the Jaguar in Venezuela. In: Miller SD, Everett DD (eds) Cats of the World: Biology, Conservation and Management. National Wildlife Federation, Washington DC, pp 85-123

Mora MA, Laack LL, Lee MC, Sericano J, Presley R, Gardinali PR, Gamble LR, Robertson S, Frank D  (2000)  Environmental contaminants in blood, hair and tissues of ocelots from the Lower Rio Grande Valley, Texas, 1986-1997.  Environmental Monitoring and Assessment 64: 477-492

Moreno RS, Kays RW, Samudio R  (2006)  Competitive release in diets of ocelot (Leopardus pardalis) and puma (Puma concolor) after jaguar (Panthera onca) decline.  Journal of Mammalogy 87: 808-816

Nelson EW (1918) Wild animals of North America. Washington.

Passamani M (1995) Field observation of a group of Geoffroys Marmosets mobbing a Margay cat. Folia Primatologica 64: 163-166

Petersen MK  (1974)  Behavior of the Margay.  In:  Eaton RL (ed) The World's Cats.  Volume 3.  Carnivore Research Institute, Seattle, pp 39-59

Rocha-Mendes F, Bianconi GV  (2009)  Opportunistic predatory behavior of margay, Leopardus wiedii (Schinz, 1821), in Brazil.  Mammalia 73: 151-152

Servin J, Chacon E, Alonso-Perez N, Huxley C  (2003)  New records of mammals from Durango, Mexico.  Southwestern Naturalist 48: 136-138

Shindle DB  (1995)  Habitat use of Ocelots in the Tamaulipan Biotic Province.  MS thesis, Texas A&M University, Kingsville, Texas

Shindle DB, Tewes ME  (1998)  Woody species composition of habitats used by Ocelots (Leopardus pardalis) in the Tamaulipan Biotic province.  Southwestern Naturalist  43: 273-279

Silva-Pereira JE, Moro-Rios RF, Bilski DR, Passos FC  (2011)  Diets of three sympatric Neotropical small cats: Food niche overlap and interspecies differences in prey consumption.  Mammalian Biology 76: 308-312

Slattery JP, Johnson WE, Goldman D, O’Brien SJ (1994) Phylogenetic reconstruction of South-American Felids defined by protein electrophoresis. Journal of Molecular Evolution 39: 296-305

Sunquist ME, Sunquist F, Daneke DE (1989) Ecological Separation in a Venezuelan Llanos carnivore community. In: Redford KH, Eisenberg JF (eds) Advances in Neotropical Mammalogy. Brill, Leiden, pp197-232

Tewes ME, Everett DD  (1986)  Status and distribution of the endangered Ocelot and Jaguarundi in Texas.  In: Miller SD, Everett DD (eds) Cats of the World: Biology, Conservation and Management. National Wildlife Federation, Washington DC, pp 147-158

Wang E  (2002)  Diets of Ocelots (Leopardus pardalis), Margays (L. wiedii), and Oncillas (L. tigrinus) in the Atlantic rainforest in southeast Brazil.  Studies on Neotropical Fauna and Environment 37: 207-212

Informações sobre esse Artigo

Esse artigo também está disponível nas seguintes línguas:

espanhol    inglês

Autor: Dr. Paul D. Haemig (PhD em Ecologia Animal) - Ecology Online Sweden.

Fotografia:  Jaguatirica, Peru.  Foto de Ellie McCoy (Estados Unidos da América).

A citação adequada é:

Haemig PD  2012    Ecologia da Jaguatirica e do Gato-Maracajá.  ECOLOGIA.INFO 9

Caso você tenha conhecimento sobre publicações científicas importantes que foram omitidas nesse artigo ou queira dar sugestões para melhorá-lo, entre em contato com o autor por e-mail:

director {at} ecology.info

O autor agradece à contribuição de Mário Motta (Universidade Estadual de Londrina - Paraná).

© Copyright 2000-2012 Ecology Online Sweden. Todos os direitos reservados.

 

 

artigos

português
english
español
français
русский

العربية
বাংলা

deutsch
filipino
한국어
עִבְרִית
हिन्दी
malagasy
bahasa melayu
日本語
norsk
runa simi
suomi
svenska
ไทย
tiếng việt
中文

sobre
informações
  para autores

direitos autorais

página inicial